Rain

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O Horror Eletrônico

O Horror Eletrônico

Imagine um mundo no qual o sofrimento é eterno e a dor é interminável. Um mundo onde as feridas físicas e psicológicas são intensas, podendo dilacerar tanto o corpo quanto a mente. Um lugar onde quando não se está preso sofrendo torturas, se está passando por provas que desafiam a sanidade e ultrapassam o absurdo, criadas por um mestre sadista que adora ver o sofrimento alheio. Uma época em que não se sabe mais o que é humanidade. Assim é o mundo distópico desse fantástico jogo, intitulado I Have No Mouth And I Must Scream.

Traduzido literalmente como "Eu Não Tenho Boca E Preciso Gritar", o jogo, inspirado num conto de mesmo nome lançado em 1967 (cujo autor é  Harlan Ellison) é uma ficção científica das mais sombrias. O enredo se baseia num mundo totalmente distópico onde a Guerra Fria se tornou uma Terceira Guerra Mundial. As grandes potências do planeta criaram então supercomputadores com inteligência artificial avançada que podiam administrar a guerra por conta própria, porém isso traria consequências inimagináveis. Um desses supercomputadores acabou por tomar consciência de si próprio e absorveu os demais, tornando-se um super sistema invencível que aniquilou quase que completamente a raça humana. Quase. Porque esse supercomputador (que se auto-nomeia como AM, o verbo em inglês para “ser”) deixou cinco humanos vivos, a fim de torturá-los para sempre, fazendo deles imortais e incapazes de tirar a própria vida. E são esses os protagonistas que controlamos.


A mecânica do jogo se baseia no sistema point-and-click, ou seja, você apenas clica na direção na qual deseja que o personagem vá ou nos objetos ou NPCs que quer que ele interaja. A jogabilidade consiste em resolver puzzles, quebra-cabeças e enigmas. Cada um dos 5 personagens tem uma fase única pela qual deve passar, fases essas que nada mais são que criações de AM, testes os quais os humanos devem completar para desafiar o maléfico supercomputador. Esses estágios refletem o passado de nossos protagonistas, revelando traumas, erros e arrependimentos de cada um. Por isso cada cenário é especial e ao mesmo tempo surreal. Como já foi possível perceber, o foco do jogo é a história, que por sinal não deixa nada a desejar. O game expandiu o universo do livro, trazendo ainda mais questionamentos filosóficos. O que é humanidade ou ser humano? O que é pensar? Por que AM sente tanto ódio pela humanidade? A que ponto se pode chegar após tanto sofrimento? Essas e outras questões são abordadas com maestria e instigam aqueles que jogam.



A história de cada um dos cinco humanos (que mudaram muito sua personalidade com todo o sofrimento e por intervenções de AM) vai se revelando aos poucos enquanto se joga, jogatina essa que muitas vezes beira a insanidade, tanto pelo ambiente - dignos de comparação com pinturas surreais - quanto pelo aspecto psicológico. Mesmo para aqueles que não gostam muito do estilo point-and-click, o jogo é com certeza um prato cheio, principalmente para os que apreciam ficção científica, surrealismo, horror psicológico e uma história profunda. O próprio autor do conto ajudou a escrever o enredo e os diálogos do jogo, tendo uma participação especial narrando o antagonista AM. Insanidade e realidade são temas conflitantes que aqui estão presentes em todos os momentos, mexendo com a mente do jogador.



O jogo ainda possui diversos finais, dependendo das ações e escolhas feitas durante a jogatina. Você irá se surpreender em determinados momentos, uma vez que o jogo mostra sem pudor os piores lados do ser humano (não por acaso sendo censurado em alguns países quando de seu lançamento), e o conflito entre humano e máquina é muito bem retratado. O mundo pós-apocalíptico não se mostra presente apenas no ambiente externo ao redor, mas também dentro de nós. O título dessa verdadeira obra de arte não poderia fazer mais sentido.



Aos que se interessarem, o conto original que inspirou o jogo pode ser facilmente encontrado no Google em português, basta pesquisar por "não tenho boca e preciso gritar”. A imagem abaixo é a capa do livro no qual o conto foi lançado: